UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS /EAD
Professora formadora: Rogéria Eller
Professora Orientadora: Ângela Maria da Silveira Lima
Aluna: Fernanda de Paula Fernandes Silva
Polo Uruana
Novembro 2010
AVALIAÇÃO PROCESSUAL
Ao término dessa etapa percebo o quão valoroso foi viver cada um dos momentos que as diferentes ações desse projeto me proporcionaram. A princípio era como se eu estivesse em um deserto desprovida de equipamentos que servissem de direção, o não saber o que estava porvir era angustiante e de certa forma despertava “medo”.
Adentrar nesse espaço (percurso) tão conhecido e desconhecido ao mesmo tempo objetivando encontrar o que aqui estava e não era visto resultou em um novo olhar e sentir sobre o que não era novo. E foi em meio a essa sensação de busca, descoberta e redescoberta que ao caminhar escolhi a minha Como o objetivo passou a ser o de desvendar o que não era percebido, vi em um local público e de acesso a todas as classes e faixas etárias o lugar ideal para mostrar que mesmo em uma pequena cidade existe uma grande diversidade de culturas.
Aqui nesse ambiente, um supermercado de médio porte, localizado no centro da cidade, o qual consta com produtos necessários ao consumo diário da população local, açougue, frutaria, frios, produtos alimentícios, higiene, etc. e que acolhe quatro (04) funcionários diariamente, seus proprietários e uma gama de consumidores, executei o projeto que desenvolvi para apresentação a Faculdade de Artes Visuais FAV-UFG, como trabalho final de Estágio Supervisionado do módulo VII.
O projeto foi desenvolvido visando à apresentação das diversas culturas que adentra diariamente nesse local. Pensando nisso comecei colocar no papel as ideias que vinham, como esse foi o meu primeiro projeto e a inexperiência é evidente alguns ajustes foram sugeridos pela orientadora da disciplina de Estágio Supervisionado. Feito os ajustes necessários o meu projeto ficou pronto, sem muitos afloramentos, porém compreensível.
Dando seguimento comecei a planejar a execução das propostas. O tempo de preparação do material foi precioso, pois com ele tive a oportunidade de mergulhar antecipadamente naquilo que imaginava que seria todo o desenvolver do processo. As pesquisas, a montagem dos slides e todo o envolvimento no preparo da oficina antes do entrar em cena concretamente serviram para formular novas reflexões e adentrar nesse espaço com mais segurança.
Houve certo constrangimento nos primeiros momentos, mas depois as coisas foram caminhando de forma natural e agradável. A oficina de fotografia superou todas as minhas expectativas mesmo não sendo possível faze-la com todos os funcionários de uma só vez percebi nas reações de cada um deles satisfação e curiosidade em relação às diversas formas de se fazer uma fotografia. Durante a oficina tivemos a oportunidade de fazer algumas fotografias em panning e eles ficaram realmente encantados com o resultado, alguns fregueses que presenciavam algumas fases da oficina se mostraram interessados em conhecer um pouco sobre fotografia e ficaram observando. A segunda etapa foi fazer as fotografias das pessoas que frequentam o local, esse momento foi tenso, algumas pessoas não queriam, outras não entendiam bem os motivos das mesmas e outras, porém se sentiram privilegiadas em poder ajudar na elaboração da proposta de uma intervenção pedagógica. Foi um momento de crescimento para mim, aqui aprendi que nem tudo sai como planejamos e que imprevistos acontecem e neste momento temos que estar preparados para enfrentar situações diversas.
Com as fotografias prontas apresentei a eles o artista Carlos Senna Passos e alguns de seus trabalhos através de uns slides que preparei, essa apresentação foi de extrema importância para a etapa seguinte, pois a principio o objetivo era que os próprios funcionários fizessem as intervenções, mas foi inviável. Então surgiu um segundo plano, como eles não tinham nenhuma experiência em computadores e não se viram inspirados em fazer as intervenções nas fotografias impressas sugeriram dar as ideias que tiveram ao verem os trabalhos de Carlos Senna e eu mesma fazer as intervenções digitais a partir daí eu mesma fiz as intervenções tendo eles como orientadores.
Ao final dessa etapa percebi o quanto me envolvi material e emocionalmente, durante a sessão de fotografias eu queria fotografar uma adolescente especial com Síndrome de Down que passou por lá, como o principal objetivo é expor a diversidade cultural presente no local, essa fotografia enriqueceria a exposição, mas ela não quis de jeito nenhum ser fotografada. Percebi que de certa forma ela se sentia insegura, então a comparei comigo naquele momento (um peixe fora do aquário). Fugir da ambiência dita como normal e estar em um local exposta a vários olhares traz certa insegurança.
Por tudo isso que vivi e compartilhei, avalio como construtiva, enriquecedora e produtiva minha participação em cada uma dessas etapas que vivenciei.
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